Recentemente assisti ao filme "O Curioso Caso de Benjamin Button" na televisão e fiquei muito intrigada com a história.
Procurando no nosso amigo “Google” descobri que o filme foi baseado num livro e que alguns fatos não foram seguidos à risca como no livro. Não tive a oportunidade de ler o livro, mas confesso que após descobrir algumas peculiaridades, acredito que o filme foi mais realista.
Não é coincidência que a história seja narrada durante a chegada do furacão Katrina, ou que Benjamin tenha nascido ao final da Primeira Guerra Mundial… A morte e a destruição estão sempre presentes ao longo da história, mas como o próprio filme nos mostra, o milagre da vida está sempre presente no cotidiano.
Todos nós temos um pouco de Benjamin Button, afinal, segundo a própria mãe dele diz: todos nós vamos para o mesmo lugar, a diferença é o caminho para chegar lá. Benjamin vive intensamente o milagre que é a existência humana; ensina que a vida é um milagre... o milagre é dançar, é amar, é chorar, é brincar, é… viver.
Fonte da crítica abaixo: http://pipocacombo.com/critica-o-curioso-caso-de-benjamin-button/
O Curioso Caso de Benjamin Button
Por Débora Silvestre
Por Débora Silvestre
O tempo exerce sobre nós efeitos não apenas físicos, mas também psicológicos. Estágios diversos da vida humana são medidos por tempo. É fácil para nós saber a faixa etária de uma pessoa apenas observando certos traços de expressão, gestos e modo de falar moldados pelo tempo. O passar do tempo, aliás, nos permite guardar memórias, recordações, momentos que tecerão nossa linha da vida de forma única e nunca igual à dos outros. A cada dia que passa, ficamos mais velhos, mais experientes, porém mais frágeis quando o tempo começa a pesar sobre nossas costas. Mas e se ficássemos mais velhos, mais experientes e, logo, mais fortes, vívidos e cheios de energia? Sobre essas e outras questões referentes ao tempo é que disserta O Curioso Caso de Benjamin Button.
A premissa é aparentemente simples: a história de um homem que, desde o nascer, não se torna mais velho, e sim mais jovem. Entretanto, tal simplicidade desaparece quando percebemos que, ao contrário de seu corpo, sua mente evolui naturalmente. Benjamin tem que aprender a ler, escrever, andar e, ao se tornar mais velho, passa a sofrer de perdas de memória e outras doenças que aparecem com a idade. Além disso, tudo se torna mais difícil quando Button se apaixona pela bela bailarina Daisy que, ao contrário dele, “cresce” normalmente. [...]
Assim surge o belíssimo trabalho da equipe de maquiagem do longa, por tornar crível cada uma das fases das vidas dos personagens. Todos os traços da maturidade e da juventude estão lá. É absolutamente fascinante a impecabilidade dos maquiadores e o quão reais são as expressões dos atores. Estes, aliás, não somem diante da magnitude do roteiro e, dentre as coisas mais impressionantes do filme, estão lado a lado. Nunca Brad Pitt foi tão expressivo quanto agora. Não só a maquiagem, mas também os trejeitos e olhares tanto de Pitt, quanto de Cate Blanchett e Donna DuPlantier, tornam o longa um espetáculo para os olhos e mente. Ainda, a trilha de Alexandre Desplat sabe dosar perfeitamente o tom certo entre o intimismo e o uso de músicas mais fortes. [...]
Mais do que um filme sobre “um homem que rejuvenesce ao invés de envelhecer”, O Curioso Caso de Benjamin Button é, como já dito anteriormente, um ensaio sobre o tempo e quase tudo que o envolve em nossa vida. É curioso perceber, por fim, que, durante os primeiros e últimos takes das quase três horas de projeção, somos apresentados a relógios, os quais, assim como Button, tiquetaqueiam para trás.
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