Redigi este relatório sobre minha atual turma de 2 anos (Grupo II).
Obs.: Todos os meus relatórios estão postados aqui no blog. Não envio
nem escrevo relatórios para terceiros.
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Ao
ingressar na escola, a criança transpõe o limiar da família e passa a conviver
com outras pessoas, descobrindo, à sua maneira, novos valores, novas experiências
e novas aprendizagens as quais acompanho através da observação e do registro,
compartilhando com seus familiares, seu sucesso e suas conquistas.
No
sentido de contribuir para o desenvolvimento integral da turma, juntamente com
sua família, acompanhei através de observações e registros, seu processo de
conhecimento, suas conquistas e descobertas.
O
grupo II-B vespertino encerrou o ano com 18 crianças, sendo 10 meninas e 08
meninos, onde apenas uma menina frequenta a instituição escolar integralmente.
A APEI
Luiza recebe as crianças no portão de entrada e as acompanha para a sala onde
eu as recebo e oriento para guardarem seu material pessoal. Todas as crianças
já conhecem o combinado de deixarem as bolsas sobre a mesa e a garrafinha (ou
copinho) sobre a bandeja.
Durante
as rodinhas, todos os envolvidos conhecem e utilizam os nomes uns dos outros,
inclusive dos adultos. Geralmente gostam de conversar sobre fatos que acontecem
em sua vida familiar, como passeios ou algo que ganharam de presente. Costumam
relatar outros fatos ao mesmo tempo que escutam outras falas.
As
crianças conhecem as bolsas e garrafinhas dos demais colegas onde estão sempre
lembrando uns aos outros de guardar em seu devido local. Sempre após as
brincadeiras ou atividades, lembro às crianças o que iremos fazer e logo
começam a guardar os brinquedos ou material utilizado naquele momento. Algumas
crianças perguntam onde deve-se guardar determinado objeto, outras ficam
orientando os colegas mais quietos para agilizar o procedimento, e há aqueles
que preciso ficar intervindo para ajudar os demais no qual dizem estar
“cansados” tentando fugir do combinado.
No
decorrer do projeto “Alimentação saudável e saúde bucal” as crianças receberam
de maneira lúdica informações importantes que servirão para minimizar possíveis
enfermidades que podem comprometer sua saúde física e bucal. Participaram com
muito empenho e curiosidade de todas as atividades propostas, sempre lembrando
uns aos outros de comer direitinho e escovar os dentes tanto na sala quanto em
casa.
Outro
momento bem descontraído e que aproveitaram muito foram os passeios no Projeto
Tamar e na praia. Nesses momentos, também lembraram-se de obedecer aos
combinados feitos para um bom convívio social. Souberam compartilhar os lanches
(tanto o que a escola ofereceu quanto os que levaram de casa) com todos os
colegas. Também participaram das brincadeiras com alegria e aguardaram o
andamento do passeio sempre seguindo minhas orientações com cuidado.
As
crianças, no decorrer de todo ano letivo, ampliaram gradativamente suas
possibilidades de comunicação e expressão. Incentivei-as a terem gosto pela
leitura não só através de histórias, mas também por meio de exploração de
parlendas e cantigas, revistas e folhetos de comércio em atividades como:
observações e conversas informais em rodinhas, confecção de cartazes e objetos
com sucatas.
Essas
práticas de leitura tornaram-se muito divertidas para todos, pois puderam
relatar fatos de seu cotidiano compartilhando outras ideias com os colegas não
só em sala de aula, mas também em outros ambientes da escola, como a
biblioteca, parquinho, gramado, corredor próximo à sala, refeitório.
Para
as atividades artísticas, tanto comigo quanto com a professora de Múltiplas
Linguagens, tem sido proporcionado diversos materiais gráficos e plásticos
sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e
comunicação: papelão, papéis variados (cartolina, kraft, cartão, celulose),
tintas, tecidos, isopor, etc. A frequência dessas atividades varia de acordo com
a necessidade da turma e disposição desses materiais, geralmente acontecendo de
duas a três vezes durante a semana, onde esses trabalhos são expostos na sala
ou no corredor próximo, sendo que algumas vezes são expostos no mural da escola
ou no coletivo juntamente com os outros trabalhos realizados pelas outras
turmas da instituição de ensino para finalizar e apresentar os projetos
desenvolvidos à comunidade.
Os
conhecimentos matemáticos são trabalhados no decorrer das atividades diárias,
seja durante uma atividade dirigida e mesmo em brincadeiras no parquinho
(exploração de quantidades, sequências,comparações, contagens) ou momentos no
refeitório (explorando quantidade, peso, temperatura dos alimentos). No geral, as crianças já
conseguem realizar contagem oral até 10 (algumas vão além), participam de jogos
compondo figuras, manipulam diferentes objetos possibilitando empilhar, rolar
encaixar sem maiores dificuldades. Quando lhe são apresentados momentos no qual
a compreensão temporal se faz necessário, necessitam de uma maior intervenção
minha para que possam compreendê-las.
O
parquinho é um local muito prazeroso para todos onde possibilita soltar a
imaginação e proporcionar uma melhor interação nas brincadeiras. Se antes
preferiam brincar com os objetos de sucata que eu levava (potes,pás, latas,
carrinhos,peças), agora preferem formar grupinhos distintos, de meninas ou
meninos, e aventurarem-se nos balanços e escorregadores, além de organizarem
brincadeiras de pique-pega, mamãe e seus filhinhos. Quando cansam-se das
brincadeiras sentam-se num canto no gramado ou vêm para perto de mim ou da APEI
para logo voltarem às brincadeiras.
As
crianças circulam pelo ambiente escolar sempre acompanhadas pela APEI Luiza ou
por mim, ora fazemos um trenzinho (fila) ora andam livres, para que aos poucos
entendam que há momentos na vida que se faz necessário o uso da fila para um
bom andamento da organização social e que também podemos andar livremente desde
que com atenção e cuidado.
Os
momentos de refeição são sempre realizados no refeitório, onde as crianças
comem sozinhas sempre com minha supervisão e da APEI, onde orientamos quanto ao
modo correto de utilizar os talheres. A maioria das crianças costumam comer
todos os alimentos oferecidos. Quando há algo que não querem mais, deixam num
canto do prato, não jogando mais embaixo da mesa. Percebi que neste final de
ano, estão rejeitando o mingau e o café com leite no momento do lanche,
provavelmente devido ao calor da estação. No jantar, preferem mais a refeição
habitual (arroz branco, feijão, carne vermelha ou empanado, algumas saladas)
chegando a repetir. Quando lhe são servidos,por exemplo, um arroz temperado ou
moqueca de peixe,geralmente rejeitam a refeição, provando só um pouquinho.
Os
banhos acontecem somente quando se faz necessário no caso de uma criança
vomitar ou defecar na roupa, ou mesmo se por acaso se suje muito com algum
material, necessitando que lhe troque a roupa para que continue participando
das atividades diárias com prazer e descontração. Na sala apenas uma criança
ainda necessita do uso de fraldas, mas já percebi que algumas vezes quando
precisa ir ao banheiro pede para tirá-la para urinar.
A
turma já não faz uso do momento do sono, são crianças alegres e muito ativas,
sempre envolvidas em alguma atividade ou brincadeira. Entretanto, Henzo ainda
necessita desse período de repouso, onde a APEI Luiza prepara um cantinho com
colchonete. Costuma dormir no momento quando vamos pro refeitório (lanche ou
jantar). O fato já foi citado à mãe na qual relatou somente neste final de ano
que a criança está com anemia.
Enfim,
observei que as crianças
estão demonstrando maior confiança e
intimidade para se expor no grupo
e ouvir as experiências dos colegas além de estarem mais comunicativos,
interagindo melhor entre si, relatando fatos vivenciados com naturalidade,
demonstrando uma ampliação do vocabulário.
As crianças tiveram a oportunidade de
vivenciaram diferentes papéis sociais, através de brincadeiras e dramatizações,
aprendendo a conhecê-los e diferenciá-los, entendendo os diferentes
acontecimentos e as pessoas do mundo ao seu redor.
As propostas de atividades levaram em
conta a diversidade do grupo e ao mesmo tempo procuraram garantir o
desenvolvimento pleno das crianças e o seu acesso ao conhecimento.
De acordo com as atividades propostas
do trabalho educativo deste CMEB e objetivos estabelecidos durante o processo
de ensino-aprendizagem, as crianças vêm criando uma imagem positiva de si onde
sua autoconfiança está sendo ampliada identificando suas limitações e possibilidades
na construção de sua identidade e conquista da autonomia.
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